terça-feira, 13 de março de 2018

[SHOW] Linkin Park - 13/05/2017 O dia de uma vida.



Quem me conhece sabe o quanto sou apaixonada por música, e talvez sabe o quanto Linkin Park me fez ser apaixonada por música. Meu irmão me apresentou a banda (indiretamente), quando eu era uma criança ainda; Estava talvez na primeira ou segunda série.
Linkin Park sempre foram únicos, inovaram o mercado musical com Rock e Rap/Hip Hop, eu nunca tinha visto nada igual, estava deslumbrada. E desde que eu comecei a acompanhar a banda (em meados de 2001) eles vieram algumas vezes ao Brasil, e eu não havia atingido uma idade para ir ao show da primeira vez, e na segunda vez eu não havia tempo/dinheiro suficiente pra ir, já que trabalhava na Miami.

Ano passado (praticamente retrasado) eles foram anunciados como Atração Principal do Maximus Festival;
O Line Up saiu no fim de 2016, para um show que aconteceria em maio de 2017 (Uma semana antes do lançamento do último álbum One More Light). Eu passei meses olhando os valores do ingresso, meses tentando convencer alguém de ir comigo.
Na semana do Show, o André (Deus o Abençoe) decidiu que iria sim, e me avisou. Eu comprei o ingresso e só precisei esperar chegar o dia pra retirar o mesmo e aguentar HORAS de bandas de Metal até que eu finalmente pudesse ver Linkin Park com meus próprios olhos (que nesse momento está marejado).
Depois de muitas horas em pé, muita dor de barriga, o horário do show foi se aproximando e eu estava na fila da água quando o palco se apagou, alguns feixes de luz azul e a gritaria. Peguei minha água, fui correndo para um local onde eu pudesse ver sem ser esmagada.
Foi quando tudo começou
  1. Fallout / Roads Untraveled
    Nisso eu não sabia se gritava ou se só ficava ali parada observando conforme eles foram entrando um por um enquanto tocava a música de fundo. Parecia um sonho.  
  2. The Catalyst
    O Show seguiu com as palmas sincronizadas em Catalyst e até eu que deixei de ouvir os albums como maluca nessa época cantei com todo o pulmão.
  3. Wastelands
    Veio uma paulada em um Mashup com Wastelands e War, do álbum The Hunting Party, mais uma vez vendo o Chester abusar de toda a sua voz em seus gritos singulares (Sendo War uma das minhas favoritas desse disco), eu estava abismada.
  4. Talking to Myself
    Após Wastelands eles apresentaram a música nova, do disco que seria lançado dia 19. Eles tocaram essa música em um show anterior da turnê (creio que no Chile), e tudo o que eu havia ouvido eram dos vídeos ao vivo. Eu não me preocupei em filmar nenhuma das músicas novas, porque na minha cabeça aquele seria o primeiro de alguns outros shows que eu iria deles, e poderia ver essas músicas ao vivo em alguma outra oportunidade. Meu foco no show era gritar com as músicas que fizeram parte da minha vida. 
  5. Burn It Down
    Com Burn it Down eu gritei tanto, que até hoje quando toca no carro eu acho que estou no show. Canto como se não houvesse amanhã, até a parte em que o Mike faz o Rap eu estava cantando, e sorrindo.
  6. Quando veio o primeiro acorde da guitarra, eu sabia. Eu olhei pro André e gritei "É ONE STEP CLOSER MANO!" Puta merda, que sensação. Veio os primeiros acordes e aquela famosa parada típica "TUM TUM". Daí foi gritaria e pula pula (Deixo o vídeo do início feito por mim, assim podem ver meu desespero). A sensação de ouvir essa música ao vivo depois de tanto ter imitado eles no clipe, depois de saber que ao chegar nessa música o DVD do Live In Texas havia acabado, a sensação de voltar no tempo... foi do caralho.
  7. Castle of Glass
    Não sei se era minha Hype de ter acabado de ouvir a One Step Closer ao vivo, mas ela parece que acabou tão rápido, não deu nem tempo de começar que já parecia estar no fim. Mas se eu bem me lembro eu gravei um áudio no whats pro Buh, porque ele me disse que gostava dela.
  8. Outra música nova sendo apresentada, mas com essa estávamos mais habituados. Antes de começar, quando estava apenas o instrumental, Mike e Chester vieram pra passarela nos ensinar com o "ooooh ooooh" como deveria ser feita no começo. Ficou uma maravilha de se ver;
  9. Lost in the Echo
    Eu estaria sendo hipócrita de dizer que Living Things foi na minha opinião um dos piores discos deles, mas isso não me fez deixar de curtir todas as música que eles tocaram desse cd. Acho que foi pra dar uma acalmada nos nossos ânimos
  10. Battle Symphony
    Essa era uma outra música nova. Não esqueço de ver o Chester sem camisa com uma guitarra semi acústica na cor vinho. Enquanto o Hahn soltou a música, ele ainda não estava totalmente pronto, e brincou, riu. Voltaram a música novamente do início e ali ele ficou, no pedestal cantando com a guitarra, feliz por estar apresentando sua música nova, feliz por estamos gostando de seu novo trabalho.
  11. New Divide
    A partir desse ponto eu sabia que não tinha mais volta; Seria uma metralhadora de nostalgia diretamente no meu peito. New Divide eu olhei pro André e falei "é a música do Transformers", afinal de contas, quem não se lembra de Transformers ouvindo ela?  
  12. Breaking the Habit
    Essa música eu gravei praticamente inteira pro Buh também via whats (apesar de ele quase não ouvir ou entender muita coisa), é a música do "quebrando o coelho", segundo o André. É uma música tão boa que me arrepia só dos Riffs em Palm Mute iniciais, me arrepia mais ainda de lembrar do Chestar agachado na passarela cantando o último refrão acapela, é uma música que já é emocionante por ser do jeito que é, e ele ainda dava tudo de si ali. 
  13. Crawling foi uma versão INTEIRA acapela. Piano e voz. Arrepiou cada pelo que eu tinha no meu corpo, foi aquele momento em que você canta e pensa "puta que pariu". 
  14. Quando o Minutes to Midnight foi lançado essa música foi a minha preferida, de primeira ouvida. Lembro de ter aqueles MP3 estilo Foston, onde a capacidade era de 256mb e cabiam no máximo umas 10 músicas. Ás vezes eu deixava essa música lá, no repeat e volume 31, ficava o dia todo ouvindo só ela. Foi nessa música onde eu consegui fazer uma filmagem melhor deles, onde consegui pegar cada um em seu cantinho no palco, principalmente o Brad, que mesmo com o pé imobilizado estava em pé fazendo um show super energético pra nós.
  15. Essa foi a primeira música que ouvi deles, graças ao Buh. Tinham os Gundam Wings no clipe, também é a segunda música do Live In Texas, o DVD que eu assistia 24/7 quando pequena. A música em que o Chester se permitia dar os pulos dele, onde o Mike tocava a guitarra, uma música que me lembra tanto em tão pouco.
  16. What I've Done
    Eu com certeza consegui respirar um pouco melhor nessa, não deixando de ser igualmente importante, lembrar da potência vocal no refrão e lembrar daquele instrumental redondo, parecia que eu estava ouvindo o CD novamente, pela primeira vez.
  17. Essa foi pra acabar com tudo. As primeiras notas do piano, Mike e Chester vieram pra passarela e nos pediram pra cantar com tudo o que podíamos, assim que Chester disse a famosa "it starts with.." o restante foi deixado pra nós, até o refrão. E mesmo achando que não seria possível, eu cantei ainda mais alto no refrão.   
  18. Ah, essa música! Era sem dúvida uma das minhas favoritas. Eu Pulei do início ao fim. Minhas gravações ficaram tão tremidas, de empolgação, de estar realmente ouvindo ela ao vivo, de ver e ouvir o Chester gritar naquela ponte. Ele sabia como abusar da voz, sempre soube me impressionar. 
  19. Numb
    Essa foi o Hino de uma geração. Mike ainda brincou cantando uma parte como Numb/Encore, mas acho que era visível ali, pra todos, que muitos aguardaram a chegada dessa música, crescemos com eles, ouvindo as músicas deles, e Numb foi o momento em que muitos de nós éramos adolescentes e incompreendidos (e dramáticos). Até mesmo aos que não eram adolescentes na época de lançamento dela tem um carinho gigantesco por ela, posso dizer pela minha mãe, ou minha tia. É o hino de uma geração.  
  20. Heavy
    Apesar de ser duramente criticada por estar novamente fora dos trilhos que o Linkin Park alcançou toda sua fama, Heavy fez cada um ali presente cantar e se emocionar com a letra, com tudo. Houve aquelas surpresas que preparam onde levantaram as folhas com os dizeres "Why Is Everything So Heavy?" durante o refrão, o que os fez sorrir, por saber que apesar terem sido criticados por alguns, os Soliders estariam sempre ali por eles.
  21. Soldier que é soldier... Minha música favorita. Essa eu mandei tudo pra puta que pariu e cantei como nunca, gritei como nunca, pulei como nunca antes na minha vida. Meu corpo todo doía e eu já não me importava mais. É uma música energética, com rap, com rock, e eu estava como? Isso mesmo, chorando igual uma vaca véia até o final. 
  22. E por falar em final... Eu critiquei muito por deixarem Bleed It Out por último. Nunca achei que ela tivesse uma cara de fim de show, não achei que havia conexão alguma, mas houve. Nos fizeram bater palma pra seguir a música, Mike veio com seu pedestal e guitarra até a passarela e de lá tocou a música toda, Chester e ele comandaram todos nós com uma maestria singular. Chester nos fez responder os "OooooOohhH" dele, aceleraram a música e quando eu clamava por mais, chegou ao fim. 

O mais engraçado desse dia, é que eu não acreditava que tudo aconteceu realmente. Eu fiquei longe pra caramba, mas não liguei. Foram horas em pé esperando e ouvindo uma cacetada de bandas de metal tocar, eu não conseguia chegar mais perto do palco porque as pessoas ali estavam fumando cigarro sem se importar com a proximidade e o calor. Eu já estava morrendo de dor de cabeça, dor no corpo, já tinha cagado umas 4x no banheiro químico de tanta ansiedade. Eu só conseguia pensar em que eu finalmente veria eles ao vivo, pelo menos uma vez na vida.
Quando acabou, eu fiquei ali, alguns minutos parada olhado pro palco com o André e a Dani (Namorada dele naquela época) me abraçando um de cada lado. Os dois felizes pra caramba por terem me ajudado a realizar aquilo, e não porque eu pedi ajuda financeira ou qualquer coisa do tipo, eu até me ofereci a pagar para alguém ir comigo, e nunca foi tão oportuno que eles tivessem aceitado ir, me fazendo ir também.
Na minha cabeça eu pensava que nem a pau iria sozinha num festival de metal só pra ver Linkin Park.
Hoje, ainda mais depois de tudo, eu penso que faria tudo de novo, faria até mais, tentaria chegar mais perto, pagaria pra meus irmãos, pra minha mãe, pra Débora, e pra quem fosse.
Porque é uma sensação que eu nunca havia experimentado, mesmo indo em diversos shows e reportando todos aqui, na minha cabeça todos tinham que ver isso ao vivo pelo menos uma vez, e sentir tudo o que eu  senti.
Maio sempre foi um mês muito bom pra mim, com muitas realizações. Eu fico feliz de ter realizado mais um sonho nessa vida.